Mais de 30 mil pessoas concorrem a vagas no concurso do Poder Judiciário de MT
As provas do concurso público do Poder Judiciário de Mato Grosso foram realizadas neste domingo (15) em 23 municípios do Estado. Estavam aptas a participar do certame 36.004 pessoas, que concorreram para 22 vagas para contratação imediata, de oficiais de justiça, e para formação de cadastro reserva de analista e técnico judiciário.
No período da manhã foram realizadas as provas para os cargos de nível superior para oficial de justiça e analista judiciário. No período vespertino, para técnico judiciário de nível médio.
A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Clarice Claudino da Silva, destacou a importância deste concurso público e os avanços da atual gestão, caracterizada principalmente por uma abordagem humanizada e de promoção da justiça social.
“Temos o objetivo de fortalecer as equipes administrativa e judiciária e o concurso vai selecionar novos servidores que não apenas atendam às exigências técnicas, mas que também compartilhem dos valores de ética e compromisso com a justiça. Queremos pessoas que compreendam a importância da função no fortalecimento da cidadania e da justiça social”, afirmou a presidente.
O presidente da Comissão do Concurso do Poder Judiciário, desembargador Luís Ferreira da Silva, acompanhou o início das provas na Capital na Universidade de Cuiabá, campus Beira Rio. Ele afirmou que o concurso é de fundamental importância para o funcionamento eficiente da justiça e o acesso da população aos seus direitos.
O magistrado explicou que a formação do cadastro de reserva adianta muito o processo para quando o Tribunal estiver apto a contratar servidores.
“Com a realização do concurso teremos um cadastro de reserva para os próximos quatro anos. Fazia muito tempo que não tínhamos concurso para servidores. E agora foi a oportunidade que a gestão, comandada pela desembargadora Clarice Claudino da Silva, teve para realizar o concurso. Nomear o que vai poder nomear e os outros ficarão aguardando”, explicou o desembargador.
O diretor do Departamento de Gestão de Pessoas do TJMT (DGP), Matheus Henrique Freire de Amorim, disse que o concurso era aguardado com muita expectativa, inclusive pelo Tribunal para suprir as vagas em aberto.
“Nos organizamos e contamos com a Fundação Getulio Vargas para nos assessorar na realização do certame. Contamos também com a colaboração da área de Gestão de Pessoas e da Presidência do Tribunal. Como o concurso era muito aguardado, tivemos um grande número de inscritos aptos a realizar a prova”, afirmou o diretor do DGP.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) foi responsável pela organização e execução das provas. Para todos os cargos, a prova objetiva foi composta por 70 questões de múltipla escolha, numeradas sequencialmente, com cinco alternativas e apenas uma resposta correta. Também para todos os cargos foi aplicada prova discursiva.
O gabarito oficial será disponibilizado no Diário da Justiça Eletrônico (DJe) na terça-feira (17 de dezembro). Os candidatos podem acompanhar o resultado pelo site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do certame.
Candidatos e expectativas
Os concursos sempre exigem do candidato disciplina, conhecimento, determinação e foco. A alta concorrência foi um dos principais desafios citados pelos candidatos, mas conhecimento adquirido ao longo da vida profissional foi o “coringa na manga” de muitos deles.
Há dez anos atuando como advogada em Cuiabá, Monaliza Martins Rachik está disposta a trabalhar como oficial de justiça para garantir mais estabilidade na vida profissional e não ficar confinada num escritório. Em julho passado fez provas em Santa Catarina e neste domingo estava confiante no conhecimento adquirido ao longo da carreira.
“É um preparo constante e exige um pouco de sacrifício. Em junho fiz prova da banca FGV em Santa Catarina e foi tranquilo. Acredito que seja parecida, pelo modelo de provas da Fundação. Estudei e confio na prática do dia a dia”, afirmou a candidata.
A assessora jurídica Joanice Vieira Ramos disse que confia nas práticas do dia a dia e a preparação foi básica, com a leitura dos Códigos e Lei Seca.
“Direito a gente estuda a vida toda, mas a ênfase foi no último ano quando vi que iria sair o concurso.
“A FGV ultimamente é a mais escolhida no campo dos concursos para realizar essas provas e como previsto, foi bem difícil”, comentou Joanice após deixar o local da prova.
Herman de Almeida Afonso Correia da Costa é assessor jurídico e confia na prática para concorrer pela primeira vez ao cargo de oficial de justiça.
“A expectativa é grande. Tenho a experiência prática, mas estudei com afinco em curso preparatório porque a concorrência é alta. Almejo um cargo efetivo”.
As provas foram realizadas em Cuiabá, Alta Floresta, Alto Araguaia, Apiacás, Aripuanã, Barra do Garças, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Diamantino, Juara, Juína, Nova Xavantina, Peixoto de Azevedo, Pontes e Lacerda, Porto Alegre do Norte, Primavera do Leste, Ribeirão Cascalheira, Rondonópolis, São Félix do Araguaia, São José do Rio Claro, Sinop, Tabaporã e Tangará da Serra.
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