PJC: Padrasto matou criança ao colidir propositalmente em moto
O delegado de Polícia Civil de Brasnorte, Guilherme Renato Lós, revelou que a colisão entre um carro e uma motocicleta, que matou um menino de 10 anos na madrugada do último sábado (7), em Campo Novo do Parecis (388 km a noroeste da Capital), foi proposital.
As partes se conheciam, tanto o casal que estava dentro do veículo, quanto o senhor que estava na moto. Ali não foi um acidente de trânsito.
Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o crime ocorreu no Bairro Olenka. Além da morte da criança, o pai dele, que pilotava a moto, ficou com lesões graves. Conforme a Polícia, o autor do crime, um homem de 29 anos, era o padrasto da criança, e no carro ainda estava a mãe do menino.
“As partes se conheciam, tanto o casal que estava dentro do veículo, quanto o senhor que estava na moto. Ali não foi um acidente de trânsito. O motorista do carro está preso em flagrante, porque ele, a princípio, com a análise das câmeras [...], fechou a moto propositadamente”, disse o delegado.
Ainda de acordo com o B.O., o casal estava em um Ford Fusion vermelho, dirigido pelo suspeito. Logo atrás, estavam a criança e o pai dele, de 43 anos. Subitamente, o condutor do Fusion fechou o outro veículo, causando a queda dos ocupantes.
“Então, ele assumiu o risco do que poderia vir a acontecer àqueles que estavam na moto. Infelizmente, o motorista da moto está no hospital com lesões graves e a criança veio a óbito. [...] Temos informações de que ele também estava embriagado, e ele vai responder por isso também”.
Devido ao impacto, o menino não resistiu e morreu ainda na via. Seu pai foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado ao hospital, onde foi internado.
Após o caso, o condutor do Ford Fusion foi submetido ao teste de bafômetro, sendo constatado 0,67 mg/L de álcool no sangue. Assim, ele foi conduzido à delegacia, onde foi autuado em flagrante e detido.
“Registro que não é um acidente de trânsito. O condutor do veículo fechou propositadamente. Ele conhecia quem vinha atrás [...] O motorista do veículo depois vai exercer seu direito de defesa, mas, a princípio, se trata de homicídio por dolo eventual”, completou Lós.
O caso segue sendo investigado.
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